quarta-feira, 8 de março de 2017

POR JOSÉ ALDO: O QUE DEVEMOS PAGAR NESTE INÍCIO DO ANO?

Após o carnaval (por esse motivo não escrevi artigo na semana passada), o brasileiro deve se preocupar com as contas do início do ano. É IPTU, IPVA, material escolar dentre outros. Fora tudo isso vem ainda o “Leão” com o imposto de renda, insaciável na sua busca de aumentar os cofres da receita pública do Brasil. Mas será que ainda temos outras contas, dívidas a pagar? O texto de hoje tentará mostrar outras dívidas que o brasileiro possui e ainda não sabe.

Uma dessas dívidas são os casos de corrupção do País. O brasileiro não sabe, mas o tanto de imposto que ele paga devido aos atos de corrupção não se encontra em nenhum livro didático. A propósito, as novas revelações dos empresários pertencentes ao grupo ODEBRECHT  não me deixam mentir. Parece que o senso de realidade ou de falta dela não se limita aos homens públicos de Brasília. Isso sem falar que os presídios não vão comportar/suportar os mais de 200 políticos citados nestas delações. 

Outra dívida que ainda não pagamos mas que será cobrada é a reforma da previdência. As discussões do Congresso estão a todo o vapor e do jeito que está o rolo opressor do Presidente Temer aprovará a tal reforma. O lado ruim dessa história é que todo o trabalhador, sem exceção, irá ser punido com essas medidas. Além de arrocho salarial, anos a mais para chegar em uma aposentadoria integral e as taxações exorbitantes dos inativos inflacionarão cada vez mais ao INSS. Sem falar ainda da idade de 65 anos para homens e mulheres. Um escárnio esse tipo de propositura. 

A dívida esportiva também não pode ser esquecida. Neste mês de março, a seleção brasileira jogará duas partidas decisivas para o seu futuro das eliminatórias. Uma contra o Uruguai e outra com o Paraguai.Imaginar que a 1 ano atrás quase, a seleção sofria com o técnico Dunga e o seu jeito de treinar a seleção. Não esquecendo ainda que estávamos na sexta posição e hoje, porém, estamos em primeiro lugar. Como o mundo do futebol dá um giro de 360 graus. Impressiona demais essa realidade. 

A dívida econômica, infelizmente, será dificil sair dela. Isso porque a crise se extende a passos largos. É desemprego, é a presença de placas como “aluga-se”/”vende-se” em todos os lados, enfim, a situação tá feia mesmo. Tão feia que nem chegou o dia 10 e o meu salário está a “mingua” com tantos gastos a pagar. Estou pensando seriamente em ter algumas aulas de educação financeira, pois do jeito que a coisa anda ficarei no vermelho por algum tempo.

E a dívida moral? Bem, esse tipo levará algumas décadas para o brasileiro pagar. Isso porque  após a lava-jato há várias tentativas de encerrar as suas investigações. Enquanto isso, os escândalos se avolumam de um modo desenfreado. Caso alguma coisa não seja mudada o brasileiro continuaŕá a perder o seu orgulho próprio. Ora, se este fala mal dos políticos e de si próprio imagina com baixa auto estima o quanto de critícas pesadas o brasileiro irá fazer em seu cotidiano. 

Agora, uma pergunta eu faço que não quer calar: com todos esses tipos de dívidas o brasileiro tem algum motivo de estar feliz consigo mesmo e com o seu povo? Será que teremos paciência para quitar com estes endividamentos? E ainda, quando será o dia em que o brasileiro não  irá passar a noite em claro pensando em qual pagamento fazer ou selecionar aquele prioritário em mente? São peguntas que eu não tenho responde-las enquanto sentenças definitivas. Sei apenas que estamos vivendo e é isso que basta para o momento atual.

E você, qual dívida ainda tem a pagar neste início de ano? Com a palavra, os leitores deste e dos futuros artigos. 


JOSÉ ALDO CAMURÇA.

Doutorando em Filosofia pela UFC. Professor Substituto da UECE. Professor Efetivo da Rede Estadual de Ensino do Ceará.

Nenhum comentário:

Postar um comentário